segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quase um ano depois...

Hoje é dia 31 de julho de 2011. Logo mais completa um ano que voltamos de Madrid. Da nossa jornada de sonhos e alegrias. Tanta coisa já aconteceu desde que voltamos, que não dá nem para tentar lembrar... mas acho que o que mais pega é o fato de já termos um forte e devorador cotidiano em São Paulo. A força dessa cidade maluca aliada a tudo que representa estar de volta: trabalho, família, decisões e rumos, convivência com amigos, procurar estar bem com tudo isso e a convivência com nós mesmos depois de toda a transformação por que passamos...
Nossa... Tudo isso já deixa a experiência lá atrás, num cantinho guardado da memória...

Pensando bem, acho que está guardado num lugar bem mais presente do que num cantinho da memória. Está presente na existência diária e em tudo que isso representa: questionar valores e práticas que estão em desacordo com aquilo que aprendemos por lá, na busca pelo prazer nas pequenas coisas, na tentativa de viver e andar por São paulo buscando o que a cidade tem de mais lindo a oferecer, procurando fazer a cidade melhor, entendendo e (re)construindo o vínculo com as pessoas queridas que, de alguma forma, se conectam e desconectam...

E esse é o barato de estar de volta. Se tudo estivesse como antes, alguma coisa estaria errada.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Despedida de Madrid

En momento de despedida me propongo a hacer algo innovador: mi primer post en español. No podría dejar de hacerlo, ¿no?


Este es un post melancólico y con aire de despedida. Mañana nos vamos de Madrid. Todavía falta un rato para volver a Brasil, lo haremos sólo en principios de septiembre, pero ya dejamos Madrid y luego España…


Madrid: en esos 9 meses me he enamorado de ti. Tú me has acogido, me has dado libertad y calidad de vida en nivel muy elevado. La poesía de tus calles y plazas, la simpatía y el mal humor de tu gente a la vez, las sonrisas de los camareros en los bares y la falta de simpatia de otros camareros en unos restaurantes.. La historia y el arte de que se encuentran en cada rinconcito… El frío y el calor extremos. Todo ha sido increíble en esa intensa ciudad.


Sin contar las importantes personas que han cruzado mí camino:


Susana y Lorena, siempre allí, en el Casino, con sus sonrisas, los montones de trabajo en las reuniones y otras actividades del Programa Comunitario de Seguridad Ciudadana;

Miguel, siempre trabajando mucho, intercambiando emails, archivos y documentos, además de muchas ideas y reflexiones sobre seguridad ciudadana aquí y allí;

Mis queridas y lindas amigas Jingxia y Marion, con nuestras largas conversaciones sobre todo, desde chismes, hasta importantes cuestiones existenciales. Las echaré mucho de menos… De hecho, ya las echo…;

Mí profesora y amiga, Leonor, que ha convertido la gramática en un arte y me ha enseñado mucho sobre el arte y cultura españoles;

Tod@s l@s amig@s del master del André en el IE… Ni los puedo nombrar, bajo el riesgo de olvidarme de alguien y así cometer una injusticia. Tod@s ell@s ya son verdaderos amig@s, que llevaremos para toda nuestra vida… Tod@s, sin excepción, nos han acogido y nos han hecho formar parte de algo muy especial. Con ell@os, hemos compartido emociones muy fuertes;

Margarida, que estuvo comigo prácticamente todas las semanas, con su sonrisa y fuerza vital. Una mujer batalladora que lucha para establecerse por aquí;

La Re, mí grande amiga brasileña, que ya es un poco española, con quién compartí momentos importantes aquí en España, tanto en Madrid, cuanto en Barcelona/Calleia. Mí amiga que dará a luz a un bebe “hispano-brasileiro”, y al Cariño, que me hizo escuchar Estopa y ya no puedo más parar.


Las despedidas son siempre un poco tristes. En esos últimos días todo que hacemos ya tiene ese carácter: de adiós.


Ayer salimos para tomar algo. Fuimos para la región de Huertas y allí hicimos las cosas como se hace por aquí: en el primer bar, una cañita con tapas, después, en el segundo, otra cañita con tapas, y en otro y en otro… Emocionados y contando a la gente que cruzaba nuestro camino que se trataba de nuestra despedida de Madrid: una manera de poder decir que estábamos muy agradecidos y orgullosos de la ciudad. ¡Fue una linda despedida!


(*Después coloco las informaciones y fotos de los bares, que merecen mucho la pena)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Um pouco de Oñati

Coloco agora algumas fotos de Oñati. Para mostrar como a cidade é charmosa...


Aqui é o ISSJ:

Aqui é a residência de estudantes:

















Saiu também no site do IISJ um relato da minha visita lá:
http://www.iisj.net/antbuspre.asp?cod=5877&nombre=5877&nodo=&orden=True&sesion=1

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tres pinchos y dos copas de vino

Eu tinha prometido para mim mesma (e para Bete) que meu próximo post seria sobre a vitória da Espanha na Copa. Baixei as fotos e vídeos da festa da vitória para por no blog, pensei sobre o que queria escrever e até no fio lógico da coisa e me visualizei escrevendo no trem entre Madrid e Zumarraga (no País Basco), numa viagem de 4 horas e meia.

Eis que estou aqui escrevendo, Mas de outro assunto. Não tem jeito, escrever para mim é visceral (não que viver a Espanha ganhar não tenha sido), mas tem que dar o click e combinar com um momento de relativa tranqüilidade (o que não tem rolado nos últimos dias, já que o ritmo anda intenso por aqui).

Fora que no trem, dormi duas horas, vi o filme que passaram e admirei a paisagem pela janela... Nada de escrever...

Estou em Oñati, um pueblito no País Basco. Vim para o Instituto Internacional de Sociologia Jurídica (IISJ - http://www.iisj.net/?sesion=1). Seguindo as dicas do querido Faria (meu orientador) e da Mariana...

O IISJ tem uma biblioteca incrível de sociologia jurídica, com um acervo super rico e difícil de encontrar. Vou estudar um pouco e levantar bibliografia para levar de volta pro Brasil.

E o fato é que Oñati é encantadora... Uma cidadezinha medieval, cuja estrada passa por uma serra linda e muito verde (estava com saudade de ver uma imensidão verde e não tinha me dado conta). E as pessoas são muito simpáticas por aqui. A história de que os Bascos são meio ogros, até agora, não colou.

Cheguei a Zumarraga e estava tomando um café enquanto esperava o busão. Passou um ônibus e eu saí desesperada, correndo, para ver se era o meu, mas não deu tempo de perguntar pro motorista... Daí perguntei para dois rapazes que estavam no ponto se era o que ia para Oñati, e eles me disseram que não e que também iam para lá. Me tranqüilizei. Enquanto esperava, dois senhores espanhóis me perguntavam se era ali o ponto para o Oñati e engrenaram a maior conversação ( e lógico, sempre me perguntam se sou argentina... o xoxoxo do meu acento uruguaio tá sempre aí...)...

Cheguei em Oñati, depois do ônibus inteiro me explicar como chegar na residência de estudantes.

No hall de a da residência, um envelope com todas as orientações possíveis. Numa casa antiga, medieval, com um quarto tranqüilo e aconchegante.

Saí para comer. Rolou a perdida básica inicial, da chegada em qualquer local diferente. Mas que, com o mapa na mão, logo foi superada.

Já era tarde e os restaurantes já não serviam mais o menu do dia (o esplendido “primero y segundo platos, café o postre, bebida y pan incluídos", por 10 euros). Achei um lugarzinho em que me prepararam um prato de lomo com jamón y queso, com ensalada de tomates, cebolla y aspárragos... que quase morri de tão bom...

Cheguei no IISJ. Incrível. Me apresentaram para toda a equipe e na biblioteca já fiz uma busca inicial de muita coisa bacana. A biblioteca fechou, saí e fui nadar. Sim: nadar. Tem um centro esportivo com uma piscina incrível.... Voltei pra residência e fui comer.

Entrei numa taberninha bem típica. Cheia de tiozinhos no balcão. O chão cheio de guardanapos e bitucas de cigarro, como todo bar espanhol. Queria comer. E me servuram um pincho de chorizo e outro de ensaladilla rusa... divinos... e duas copas de vinho. A atmosfera local era tão acolhedora.. A senhora que serviu, me chamava de niña o tempo todo, Quer coisa melhor?

E a sensação de liberdade, de estar em um cantinho do mundo, no norte da Espanha, no meio das montanhas, numa cidade medieval lendo e estudando, num centro que fica na antigua universidad, de comer três pinchos e tomar duas copas de vinho e ser chamada de niña é indescritível.

Queria colocar as fotos, mas não trouxe o cabo da camera... depois coloco...

sábado, 29 de maio de 2010

Cuando las piedras vuelen

Flamenco. Desde que cheguei na Espanha ainda não tinha ido ver um espetáculo de flamenco. Fui.

É realmente impressionante. A força, a paixão, a sutileza. Não foi um espetáculo tradicional, que é muito bacana, mas um espetáculo contemporâneo. Que rompe com a estética tradicional flamenca, mas que apresenta todos seus elementos, como no hip hop: a dança, o canto, a melodia e a percussão corporal e de solo. Realmente incrível.

Trata-se da compania de flamenco Rocío Molina, com o espetáculo Cuando las piedras vuelen. Reproduzo abaixo o texto que descreve um pouco da sensacão que o espetáculo transmite:

Siete treinta de la mañana. El sol comienza a derramarse sobre el Mediterráneo a través de una neblina, que dificulta saber su exacta procedencia, y parece extenderse sin fuente sobre la superficie del agua. El mar se nos muestra en calma y extraño: inmóvil. En su quietud nos habla de su fuerza, del movimiento latente que en definitiva es la vida.

El hombre intuye algo en la naturaleza de las cosas que no puede comprender, ni poseer, algo que siente está fuera de los parámetros que rigen nuestro devenir cotidiano, y este algo se nos hace importante, incluso necesario. Esto, de lo que hablo, es difícil de verbalizar y su expresión se nos aparece como privilegio del arte. Hablo de lo inmaterial del arte, no de su forma, ni de su apariencia.

Cuando ves sobre el escenario a Rocío Molina percibes una sensación similar. Su cuerpo emerge poderoso y débil al mismo tiempo, fuerte y delicado, nos revela aquello que soñamos o intuimos que debiera ser una vida plena. Al verla bailar hay un momento que crees no entender lo que sucede, cuando en realidad lo que sucede es que comienzas a comprender: comprender aquello para lo que no existen palabras: un suspiro que nos conecta con la naturaleza de las cosas.

Doce y pico de la noche. El día se fue entre recuerdos del mar y del baile de Rocío, extrañamente unidos, y me voy a la cama con imágenes de grandes piedras, rocas que parecen palpitar, respirar y entre ellas es como si naciera la esencia del movimiento, como si estuvieran a punto de romperse en pedazos para alumbrar un baile: un baile hermoso.
Carlos Marquerie ( http://www.teatrodelalaboral.com/es/events/76)

E para ver um pouquinho: http://www.youtube.com/watch?v=XNiOSU1_C6g&feature=related

Depois do espetáculo, nada melhor que comer uma paella e tomar uma sangria. Parece coisa de turista, mas o fato é que os espanhóis adoram: um bom arroz e uma sangria (ou tinto de verano) no verão...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma porção de coisas

Por aqui sigo rumo à reta final. Falta muito ainda, mas já dá um apertinho.

A primavera aqui é um paraíso. E dura pouco, segundo os madrileños, uns 10 dias. E só. Depois vem o inferno, o calor insuportável do verão. Não tem problema. Eu quero esse calor assim mesmo.

Cada caminhada, por cada lugar novo ou por cada lugar já conhecido, continua sendo uma delícia. E a noite, que só chega às 22h (da tarde, ou 10 da tarde, como dizem por aqui...) combina direitinho comigo, que sou, de fato, uma pessoa diurna. E as bebidas de verão, tinto de verano, sangria e a boa e velha caña (essa, de todas as estações). E é impressionante como a cerveja daqui é bem mais forte que a de lá. Duas cañitas e já dá aquela zonzeira.

Estar aqui longe de tudo (ou quase...) proporciona um autoconhecimento tão bacana. E é inevitável não comparar. A civilidade daqui com a civilidade de lá.

Amigos novos. Da França, da China, do Perú, da Venezuela e da Espanha. Que delícia. Intermulticulturalidade.

Mas aqui furtam a bolsa no restaurante. Igual que lá, igual que Londres e igual que muitos outros lugares. É só deixar a bolsa sem olhar por alguns instantes e já era...

unnnn... E amanhã, Paris...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sentir

Com essa história de ter o blog, de vez em quando me pego me cobrando: tenho que escrever, tenho que escrever.. E é certo, é preciso escrever para mantê-lo vivo, mas hoje me deu um clique, meio básico, mas um clique: é preciso sentir algo muito especial para querer escrever.

Pode ser um deslumbramento inicial com a novidade, pode ser uma história engraçada, pode ser uma tristeza ou uma alegria profunda...

Hoje senti uma alegria profunda!

Na verdade, entre terça feira e hoje de manhã, meus dias foram meio tumultuados, coisas de trabalho que encavalaram, coisas aqui de Madrid para organizar, as atividades do Programa Comunitário de Seguridad Ciudadana, comida, a casa, a roupa, enfim... Posso dizer que essa noite tive uma das minhas duas ou três insonias desde que cheguei, por conta desse turbilhão, que nem de longe se compara com o que vivo em São Paulo.

Daí, no fim da tarde, depois de resolver várias coisas dessas que me deixaram meio atrapalhadas, ou pelo menos, perceber que não é nada tão grave para me fazer peder o sono, resolvi ir até o parque que tem perto de casa, dar minha "corrida de iniciante".

Quando pisei na rua, a sensação foi indescritível. A primavera chegando, um sol lindo e quentinho lá fora, as flores ainda não chegaram, estão atrasadas, mas tudo bem.... muita gente na rua,todo tipo de gente, as pessoas felizes, velhinos, crianças, as terrazas nas ruas e as pessoas comendo tapas e tomando cañas....

Daí, eu comecei a me deixar contaminar por essa alegria, fui pro parque e corri, feliz, feliz...

Estamos muito felizes tb porque receberemos visitas muito especiais, a Rosa, mãe do André e a Tia Julita e depois minha mãe.... Vai ser muito especial pode dividir com elas um pouco disso tudo que temos vivido aqui.